FAQ

Perguntas frequentes sobre especificação e utilização...

1. Qual a DURABILIDADE DA TELA dentro de um revestimento de argamassa? Há alguma variação quando se tem um acabamento de fachada em textura e tinta ou em revestimento cerâmico? Posso usar a tela em um revestimento de fachada no litoral sujeito a névoa salina?

A durabilidade da tela utilizada como reforço ou estabilidade de um revestimento de argamassa depende de três fatores-chaves: condições de exposição a qual está submetido o revestimento, espessura da camada de zinco do arame que forma a malha da tela e do tipo de material que protege a camada de argamassa (emboço). Assim, uma tela mais exposta a agentes agressivos como o sal marinho ou com menor proteção de zinco terá menor durabilidade. O mesmo vale para a camada de proteção ou acabamento do revestimento. Quanto mais ela evitar a entrada destes agentes, maior será a durabilidade da tela.
Um revestimento de zinco em um ambiente interno apresenta uma taxa de corrosão menor que 0,1 μm/ano. Por outro lado, um revestimento de zinco totalmente exposto a um ambiente de corrosividade C3, tem uma taxa de corrosão de 0,7 a 2,1 μm/ano. Assim, com base na literatura, estima-se que uma tela de 150 g/m2 de zinco, equivalente a uma espessura de 10,6 μm, seja capaz de durar, sem nenhum prejuízo do seu desempenho, entre 25 e 50 anos, em função das condições de exposição, observando-se os cuidados de instalação especificados pela MORLAN e a manutenção do revestimento.
É necessário usar uma estimativa, pois não há um estudo específico de envelhecimento natural e os ensaios acelerados possuem diversas imprecisões para que possam ser associados a real durabilidade do material em determinadas condições de uso ao longo do tempo. Não é recomendado correlacionar resultados dos ensaios acelerados convencionais com o envelhecimento natural do metal uma vez que esses ensaios não reproduzem fielmente as condições em que o metal estará exposto durante sua vida útil. (1) (2) (3)

2. Por que somente uma CAMADA DE ZINCO DE 150 g/m² depositada pelo método de zincagem a fogo (hot-dipped) garante proteção contra corrosão adequada a vida útil exigida pela norma de desempenho da construção NBR 15.575? Uma menor gramatura não seria o suficiente?

O processo de zincagem a fogo permite que seja formada uma liga de zinco e aço de alta resistência à corrosão, capaz de resistir bem aos agentes que provocam corrosão, como os cloretos e sulfatos, presentes inclusive no ar atmosférico. Uma camada menos espessa de zinco não é suficiente para garantir a proteção do arame da tela contra corrosão por pelo menos 20 anos. Esta idade corresponde à menor VUP – Vida Útil de Projeto recomendada pela NBR 15.575 para fachadas de edifícios. Esse fato foi comprovado através do ensaio de corrosão por exposição à névoa salina onde a FACHAFORTE levou 188 horas para atingir 100% de oxidação negra e 236 horas para iniciar a oxidação vermelha, enquanto a tela concorrente suportou apenas 19 horas para atingir 100% de oxidação negra e 64 horas para iniciar a oxidação vermelha. Ou seja, quase 10 vezes mais durável com relação a oxidação negra e 4 vezes mais durável com relação com relação a oxidação vermelha.
Os 150 g/m2 corresponde à gramatura corresponde a classificação de galvanização pesada para os arames de aço galvanizado de acordo com a NBR 6331. A FACHAFORTE é fabricada no Brasil com tecnologia de ponta e a única tela do mercado com esta especificação. (4) (5)

3. Como é realizada a fixação dos arames para a CRIAÇÃO DA MALHA da tela?

Os arames são fixados através de eletrosolda. Máquinas totalmente automáticas e controladas por computador soldam os arames entre si formando a malha. Na posição da solda a liga de zinco e aço se consolida e por isso o ponto de solda não se torna vulnerável, ao contrário, passa a oferecer proteção extra contra corrosão.

4. Porque a tela eletrosoldada zincada a fogo fabricada pela MORLAN não apresenta CORROSÃO NAS PONTAS DOS ARAMES DA MALHA quando este é cortado na obra?

Um mecanismo importante de proteção do revestimento de zinco é sua habilidade de proteger cotodicamente as regiões expostas do aço. Ou seja, quando a base de aço é exposta devido um corte, pequeno furo ou risco, o aço é catodicamente protegido pela corrosão da camada de zinco (mais eletronegativo), adjacente ao dano, que neste caso, exerce o papel de um metal de sacrifício, impedindo que a corrosão da base ocorra e se propague. (6) (7) (8)

5. Em quais locais e situações deve-se UTILIZAR A TELA NO REVESTIMENTO EXTERNO DE ARGAMASSA?

Há dois tipos de utilização para as telas nos revestimentos de fachada: prevenção à propagação de fissuras e estabilidade estrutural do emboço. No caso de prevenção à fissuração as telas devem ser posicionadas nos pontos de maior potencial de surgimento de fissuras na base formada pela estrutura reticular de concreto armado e paredes de alvenaria de vedação. Os principais pontos de utilização das telas com o objetivo de prevenir fissuras são:
a) encontro de fundo de vigas e topo de paredes onde não são empregadas juntas de movimentação;
b) encontro de pilar e lateral de paredes;
c) encontro de topo de vigas em balanço e base de parede;
d) encontro de topo de vigas de platibandas onde não são empregadas juntas de movimentação.
As telas utilizadas com função de estabilizar o revestimento ao longo do tempo devem ser usadas quando o mesmo apresentar espessura superior a 40 ou 50 mm, dependendo da situação em questão e de acordo com o preconiza a nova NBR 13.755.
Em qualquer dos casos, as telas devem ser preferencialmente definidas e instaladas de acordo com um projeto específico de revestimento de fachada para um dado empreendimento de modo a atender suas necessidades particulares. (9)

6. Qual tipo de movimentação ocorre na vedação vertical externa que pode provocar fissuras no revestimento e como a tela metálica FACHAFORTE pode contribuir para evitar isso?

Há basicamente dois tipos de movimentação que provocam fissuras nas interfaces entre paredes de alvenaria e estrutura, a saber: fissuras de origem intrínseca aos elementos construtivos em si, provocadas por fenômenos como a retração na secagem e a movimentação térmica, e aqueles devido os deslocamentos de origem estrutural. As fissuras verticais entre pilares e paredes, por exemplo, originam-se primariamente quase sempre devido ao encurtamento diferencial entre dois pilares que confinam uma parede. Este encurtamento ocorre porque os pilares estão sujeitos a níveis distintos de tensões internas e seu encurtamento resulta destas tensões. A este efeito somam-se os movimentos intrínsecos dos próprios pilares como a retração hidráulica.
As fissuras entre topo de viga ou lajes e a primeira fiada das paredes de alvenaria, por sua vez, surgem quase que exclusivamente devido à movimentação estrutural. Já as fissuras entre fundo de viga e o respaldo das paredes, na região do que se denominava de “encunhamento”, ocorrem primariamente devido à movimentação das próprias vigas e lajes e suas flechas naturais. Há aqui também contribuição da retração e da movimentação térmica parede, pois trata-se de uma região onde o peso próprio da alvenaria – e compressão gerada por ele – não contribui para minimizar a ação das forças que provocam a fissuras, como ocorre na interface entre primeira fiada e topo de viga.

7. Como se deve proceder durante a COLOCAÇÃO DA TELA QUANDO HÁ TALISCAS instaladas para definir o plano final do emboço de argamassa?

Como a tela de prevenção de fissura deve ficar cerca de 1 cm de distância do chapisco é necessário fazer um recorte da posição das taliscas para promover o posicionamento adequado. O uso de uma tesoura para corte de arame resolve bem a situação.

8. Qual o TRANSPASSE na emenda de duas telas? Qual a DISTÂNCIA ENTRE OS PINOS de fixação?

Deve ser respeito um transpasse mínimo de 15 cm entre duas telas adjacentes que protegem uma região de encontro entre estrutura e alvenaria. O mesmo critério pode ser adotado para as telas de estabilidade. Em nenhum dos casos é necessário amarrar uma tela na outra.

9. Porque a tela funciona quando POSICIONADA A CERCA DE 1 cm DO CHAPISCO? Essa distância é independente da espessura final do revestimento?

Este critério vale para as telas de prevenção de fissura. A malha de arame que vai evitar que a fissuração se propague precisa intervir sobre a mesma logo após a formação desta na interface entre estrutura e alvenaria de maneira que a mesma não aumente sua abertura e intensidade. Por outro lado, se ficar encostada no chapisco o efeito da tela no revestimento de argamassa pode ficar comprometido. A malha da tela precisa ficar travada na argamassa endurecida de modo a promover uma ancoragem lateral suficiente para resistir ao tracionamento do arame da posição da fissura. Esta distância independe da espessura final do revestimento, diferente da tela instalada com função de estabilidade.

10. Como é GARANTIDO O POSICIONAMENTO da tela no momento da fixação e da aplicação da argamassa?

Há duas maneiras de instalar a tela FACHAFORTE. A primeira e mais recomendável é instalando-a previamente a aplicação do emboço através do uso de pinos de fixação. Para evitar que a tela fique muito próxima do emboço devem ser utilizados espaçadores de argamassa ou espaçadores de arame zincado a fogo da MORLAN como explicita o MANUAL DE INSTALAÇÃO DA FACHAFORTE.

11. Posso utilizar a tela em outros usos de revestimento, como piscina e rodapé de impermeabilização?

A FACHAFORTE é destinada ao reforço de revestimento de fachada e pode ser usada para revestimentos internos, mas não deve ser utilizada para piscinas e reforço de proteção mecânica de impermeabilização.

12. Há uma norma específica para telas de reforço de revestimento?

Não há norma específica para telas para esta finalidade, mas a nova NBR 13.755 recomenda explicitamente seu uso, tanto para a prevenção de fissuras como para estabilidade. (9)